Política

Em evento com bancos privados brasileiros, o presidente da Febraban reforçou, nesta sexta-feira (14), o apoio dos banqueiros ao ministro da Fazenda. Segundo a comentarista Vera Magalhães, 'sangria' de Haddad estancou momentaneamente' e, para o grupo, ele é o mais próximo que existe de uma preocupação fiscalista dentro do leque de opções do PT: 'Pode ser até ruim com ele, mas é muito pior sem ele.' A jornalista ressalta ainda contribuição para a imagem do ministro de consonância da ministra Simone Tebet, que contou com o beneplácito do setor nas eleições presidenciais.

Maria Cristina Fernandes discute um projeto de lei de criminalização do aborto. Ela destaca que o projeto é uma tentativa de ganhar apoio da extrema-direita e criticar o governo atual. Fernandes enfatiza que as principais vítimas seriam crianças e adolescentes abusadas sexualmente.

No Viva Voz desta sexta-feira (14), Vera Magalhães exemplifica a submissão do Planalto ao Legislativo com aprovação da urgência do projeto de lei que equipara o aborto após a 22ª semana de gravidez a um homicídio, em aceno do presidente da Câmara à base bolsonarista. Para a comentarista, situação complicada exige 'bem mais do que a lábia do presidente' na articulação política: é necessário definir com quais partidos o governo pode efetivamente contar.

Merval Pereira faz uma análise da semana desafiadora para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. As coisas começaram a melhorar a partir de uma declaração conjunta com a ministra Simone Tebet sobre a possibilidade de corte nos gastos públicos. Nesta sexta-feira, ele recebeu apoio da Febraban. ‘A situação melhora à medida que ele se compromete com o corte de gastos e piora no PT’. Comentarista destaca que o espírito do PT não é de corte. ‘Lula sabe que para não deixar a economia desandar tem que dar apoio a Haddad, mas na hora ‘h’ ele tira a escada'.

Sem acordo entre diferentes correntes dentro do partido, caberá ao presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, a decisão sobre quem a legenda irá apoiar na disputa para a prefeitura do Rio neste ano. Nos próximos dias ele irá se encontrar com Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL e Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, e tentar encontrar uma forma de o MDB caminhe junto na eleição deste ano.

Em Sucupira, há preocupações com a carga tributária e as fraudes nas compensações fiscais. Ouça o episódio desta sexta-feira.

Lauro Jardim destaca que a semana não foi fácil para o ministro Fernando Haddad. ‘Foram dias de muita boataria sobre demissão’. Nessa quinta-feira (13), uma operação coordenada foi feita para tentar desfazer as especulações de que ele está sem prestígio diante de Lula. O presidente e o vice, Geraldo Alckmin, saíram em defesa do ministro. Haddad também fez a parte dele.

Andréia Sadi comenta projeto que criminaliza o aborto, destacando as reações e ações do presidente da Câmara, Arthur Lira. Sadi critica a confusão proposital em torno do projeto, que não trata da legalização do aborto, mas sim de punições severas para mulheres que abortam após estupro.

Em 'Conversa de Bastidor', Bela Megale comenta a aproximação entre o Ministro Alexandre de Moraes e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Segundo apuração da comentarista, as autoridades conversaram pessoalmente sobre a transferência do assassino de Marielle Franco, o ex-policial Ronnie Lessa, para a Penitenciária 1 de Tremembé. Para Bela, o episódio é mais uma evidência da proximidade entre Moraes e Tarcísio desde que o ex-ministro de Jair Bolsonaro se tornou governador de São Paulo. Ouça comentário completo agora!

Vera Magalhães repercute as declarações de Lula sobre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado pela PF por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Segundo a comentarista, a fala de Lula mostra 'displicência' com o assunto. 'Esse é o presidente da República, falando de um ministro de Estado, deveria zelar mais. Afinal de contas, é dinheiro público que está em discussão, então o presidente deveria ser mais zeloso ao tratar deste assunto e não demonstrar que não dá a mínima para o tema da corrupção', argumenta.

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, falaram, nesta quinta-feira (13), em rever as despesas do governo. Segundo Vera Magalhães, Haddad tenta reforçar aliança com Tebet para mostrar que a equipe econômica está coesa e debelar boatos de desgaste. 'É um discurso que ainda não tem amparo nem em medidas, nem em aval do presidente da República e nem em propostas efetivas de controle de gastos', afirmou.

Bernardo Mello Franco fala do indiciamento da PF contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por seis crimes. Lula disse que fará uma reunião com ele, mas defendeu que 'não significa' que ele cometeu um erro. O comentarista destaca que, agora, o governo tem o ônus dele estar na mira da Polícia e sem o bônus do apoio no Congresso de seu partido, o União Brasil.

Merval Pereira fala sobre a postura do presidente Lula diante do indiciamento do ministro Juscelino Filho. Lula diz que o ministro tem o direito de provar que é inocente. ‘Evidente que uma pessoa indiciada por corrupção não pode continuar no governo. Ele que saia e vai se defender. Mas não pode colocar o governo na linha de frente dessa investigação’. Comentarista destaca que Lula está em uma situação em que tem que aceitar tudo, ‘ir levando’.

Malu Gaspar discute a situação do ministro Juscelino Filho, indiciado por suspeitas de desvios de emendas parlamentares. Ela destaca a dificuldade de Lula tomar decisões devido à frágil relação com o Congresso e a importância estratégica do partido de Juscelino. Ouça.

No 'Justiça e Cidadania' desta quinta-feira (13), Wálter Maierovitch repercute a denúncia 'impecável' da PGR aos irmãos Brazão e ao delegado Rivaldo Barbosa como mandantes do crime, em 2018. Segundo o comentarista, já existem elementos suficientes para o início da ação penal e as qualificadoras estão bem-postas.

Em encontro com líderes internacionais, o presidente brasileiro ‘nunca foi tão explícito’ ao defender projeto que engloba extração de petróleo na foz do Rio Amazonas, mas alertou para catástrofes climáticas como ocorreu no Rio Grande do Sul. A comentarista Vera Magalhães analisa, então, a dualidade no discurso, e afirma que, apesar de Lula estar alinhado ao que sempre pregou em relação à exploração de recursos minerais, isso não condiz com fala de ‘quem está totalmente ciente da gravidade e da premência da crise ambiental e climática’.

Vera Magalhães e Carolina Morand conversam com Gustavo Ferreira, do Valor Investe, sobre o cenário econômico do país

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, devolveu a MP PIS/Cofins, enviada pelo governo como forma de compensar a desoneração da folha de pagamento. Segundo Vera Magalhães, esta devolução é um 'dessabor tremendo', em um momento em que o governo tentava se movimentar para retomar o controle da articulação política. 'Veio como uma onda e derrubou todos os esforços para retomar a governabilidade', afirmou.

Merval Pereira fala sobre as disputas propositais entre deputados na Câmara e o engajamento nas redes. ‘Distorção das redes sociais e da política estão levando a essa situação. O Congresso já não representa mais a população, representa nichos que os políticos eleitos exploram durante o mandato. Não importa que eles não façam nada, o que importa é que eles façam barulho’.

Lauro Jardim fala sobre a disputa pelo cargo de vice de Ricardo Nunes, candidato à reeleição para a Prefeitura de São Paulo. Comentarista destaca que, por uma estratégia de campanha, Nunes tem fugido publicamente de quem será o vice. ‘Ninguém mais duvida que o vice será o coronel Ricardo de Mello Araújo, ex-integrante da Rota, ex-presidente do Ceagesp, e, mais importante que essas duas credenciais, o vice indicado por Bolsonaro. Os bolsonaristas já sonham com as peças de campanha: o ‘Rambo’ de São Paulo.