Biblioteca De Bolso

Esta semana, a Biblioteca de Bolso recebe Lídia Jorge, uma das mais consagradas e premiadas escritoras portuguesas da actualidade. Algarvia de gema, nascida em Boliqueime, estreou-se em 1980 com o romance "O Dia dos Prodígios". Seguiram-se outros dez romances, seis livros de contos, além de textos de literatura infantil, ensaio e teatro. Em 2014 foi homenageada pelo festival Escritaria, poucos meses depois de publicar o seu último romance: "Os Memoráveis", no qual recupera a história do 25 de Abril e de alguns dos seus protagonistas. Em Março deste ano, viu uma peça inédita, "Instruções para Voar", ser estreada no Teatro Trindade, pela Companhia de Teatro do Algarve. Acaba de lançar, pela sua editora de sempre, a D. Quixote, o livro de contos "O Amor em Lobito Bay". Trouxe-nos: O Coração das Trevas - Joseph Conrad O Golpe de Misericórdia - Marguerite Yourcenar Um Copo de Cólera - Raduan Nassar

Jorge Vaz Gomes é o nosso convidado desta semana. Actualmente realizador de cinema, Jorge é um ex-engenheiro que também se dedica à fotografia. Trabalhou para televisão, nomeadamente no canal Q. Foi o co-autor de "Docs ao Lanche", com João Pacheco. Estreou recentemente uma média metragem: "O Quarteirão", inspirada nos livros do ciclo "O Bairro", de Gonçalo M. Tavares. Uma obra que poderá ser vista no dia 20 de Abril, num ciclo de cinema contemporâneo, organizado por Gonçalo Tocha, na Associação Renovar a Mouraria, em Lisboa. Já a nova curta-metragem do nosso convidado, intitulada "Jean-Claude", faz parte da edição deste ano do festival de cinema IndieLisboa e será exibida no dia 30 de Abril, no Cinema São Jorge. Trouxe-nos: 1984 - George Orwell O Doutor Pasavento - Enrique Vila-Matas Austerlitz - W. G. Sebald

Djaimilia Pereira de Almeida, uma das maiores revelações literárias de 2015, com o seu primeiro romance ("Esse Cabelo", Teorema), é a nossa convidada desta semana. Nascida em Luanda, em 1982, veio para Portugal com três anos de idade e cresceu nos arredores de Lisboa. É doutorada em Teoria da Literatura pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova. Fundou e dirige a revista electrónica 'Forma de Vida' (que pode ser lida em formadevida.org). Recentemente, recebeu o Prémio Novos, na categoria de literatura. Trouxe para a conversa: After Virtue – Alasdair MacIntyre Devaneios de um caminhante solitário – Jean-Jacques Rousseau Why People Photograph – Robert Adams

Esta semana temos connosco Pedro Mexia. Licenciado em Direito, construiu a sua reputação no meio cultural português como crítico literário, poeta e cronista. Colaborou com o 'Diário de Notícias' e o 'Público', mas neste momento escreve semanalmente no 'Expresso'. Cinéfilo de longa data, foi subdirector e director interino da Cinemateca Portuguesa. Tem uma rubrica sobre cinema na Antena 3 e é co-autor de 'PBX', um programa da rádio Radar (ambos podem ser ouvidos em podcast). Coordena a colecção de poesia da editora Tinta da China. Faz ainda parte do 'Governo Sombra', na TSF/TVI24. Publicou oito livros de poesia, seis de crónica e quatro volumes de diários, extraídos dos seus vários blogues. Há poucas semanas, foi escolhido pelo novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como consultor para a área da Cultura. Trouxe para a nossa mesa: A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock - T. S. Eliot Ofício de Viver - Cesare Pavese A Última Gravação de Krapp - Samuel Beckett

Não foi de propósito, mas o programa em que regressamos a Lisboa, após quatro episódios gravados durante as Correntes d'Escritas, transformou-se num cortejo de efemérides. De uma assentada, temos a Alice de Lewis Carroll, cuja primeira edição foi publicada há 150 anos; uma peça de Shakespeare, que morreu faz 400 anos no final de Abril; e um romance de Virginia Woolf, que se suicidou, entrando no rio Ouse com os bolsos do casaco cheios de pedras, a 28 de Março de 1941. Ou seja, há precisamente 75 anos. A obreira desta fortuita conjugação de acasos foi Helena Vasconcelos, crítica literária no jornal Público e divulgadora activa do livro e da leitura. Entre outras iniciativas, coordena há muitos anos uma Comunidade de Leitores, na Culturgest - Fundação CGD, e criou o projecto "Dá Voz à Letra", organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian, destinado a jovens entre os 13 e os 17 anos, que lêem em voz alta, e em público, textos literários. Como autora, publicou vários ensaios e estreou-se no romance, há poucas sema

O último episódio de Biblioteca de Bolso gravado na Póvoa de Varzim, durante o encontro literário Correntes d'Escritas, trouxe-nos Manuel Jorge Marmelo. Nascido em 1971, no Porto, comemora este ano duas décadas de carreira literária, que abarca dez romances e vários livros de contos, mas também teatro e crónica. O romance mais recente é "O Tempo Morto é um Bom Lugar", editado pela Quetzal. Trouxe para a conversa: Cem anos de Solidão - Gabriel García Márquez D. Quixote - Miguel de Cervantes Crime e Castigo - Fiodór Dostoiévski

O nosso primeiro convidado internacional é o brasileiro Julián Fuks, com quem falámos durante as Correntes d'Escritas. Filho de pais argentinos, nasceu em São Paulo, em 1981, e foi escolhido pela revista "Granta" para a lista dos 20 melhores escritores brasileiros com menos de 40 anos. Publicou até agora quatro livros, o último dos quais, o romance "A Resistência", acaba de ser editado em Portugal pela editora Companhia das Letras. Trouxe-nos: A rosa do povo - Carlos Drummond de Andrade Nadie nada nunca - Juan José Saer Mimesis - Eric Auerbach

Ricardo Araújo Pereira, ou RAP, é o nosso convidado desta semana. Uma das poucas pessoas de quem se pode dizer, com propriedade, que dispensa apresentações. Além de humorista mais popular de Portugal, ele é cronista da "Visão", membro do "Governo Sombra" na TVI24, fervoroso adepto do Benfica e coordenador de uma colecção de clássicos da literatura de humor, na editora Tinta da China. Trouxe-nos: The Fly Trap - Fredrik Sjöberg L'adversaire - Emmanuel Carrère Manhã - Adília Lopes.

Maria do Rosário Pedreira é a nossa convidada, numa semana em que nos mudámos para a Póvoa de Varzim, para o Correntes d'Escritas. Uma das editoras portuguesas mais influentes, é também poeta, romancista e publicou ainda dezenas de livros infantis e juvenis. Escreve com regularidade sobre literatura, o mundo editorial e os livros que vai lendo no seu blogue: Horas Extraordinárias. Trouxe-nos: Uma Barragem contra o Pacífico - Marguerite Duras A Criança no Tempo - Ian McEwan O Conhecimento dos Anjos - Jill Paton Walsh

Esta semana tivemos connosco Pedro Vieira. Nascido pouco depois do 25 de Abril, em 1975, já foi livreiro e apresentador de televisão, no canal Q. Há muitos anos que se destaca como ilustrador e opinion maker, por vezes em simultâneo, como se pode comprovar no seu blogue: irmão lúcia. É ainda autor de dois romances, "Última Paragem: Massamá" e "O que não pode ser salvo", além de uma antologia de crónicas: "Éramos Felizes e Não Sabíamos" (três livros com a chancela da Quetzal). Trouxe-nos: O Evangelho Segundo Jesus Cristo - José Saramago A Espuma dos Dias - Boris Vian Astérix Entre os Helvécios - Albert Uderzo e René Goscinny

Sandro William Junqueira é o nosso convidado desta semana. Nascido na Rodésia, em 1974, Sandro tem-se vindo a destacar sobretudo na área do teatro (enquanto encenador, actor e professor) e na literatura. Dele estão publicados, pela Caminho, três romances: "O Caderno do Algoz", "Um Piano para Cavalos Altos", e "No Céu Não Há Limões". Este ano estreou-se na literatura infantil, com "A Cantora Deitada", livro ilustrado por Maria João Lima. Trouxe-nos: A Ilha Misteriosa - Jules Verne O Idiota - Fyodor Dostoievski O Estrangeiro - Albert Camus

Nascido na Figueira da Foz, em 1977, Nuno Camarneiro formou-se em Engenharia Física, trabalhou no CERN, a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear e é investigador na Universidade de Aveiro. O seu primeiro romance, "No Meu Peito Não Cabem Pássaros", foi publicado em 2011. Um ano depois, Nuno Camarneiro venceu o Prémio LeYa com o romance "Debaixo de Algum Céu". Escreveu ainda teatro e literatura infantil e, em 2015, imaginou um conto para cada quarto de um hotel, no livro "Se Eu Fosse Chão", que, à semelhança do seu primeiro romance, também é editado pela D. Quixote. Trouxe-nos esta semana: As Cidades Invisíveis - Italo Calvino O Livro do Desassossego - Fernando Pessoa Histórias de Cronópios e Famas - Julio Cortázar

Sara Figueiredo Costa, jornalista e crítica literária para várias publicações, nomeadamente o "Expresso", o jornal macaense "Ponto Final" e a revista "Blimunda", da Fundação José Saramago, é uma mulher de causas, que vão da política à boa comida, passando pela tipografia e pela BD. Sara tem uma forte presença na blogosfera literária, com o seu blogue "Cadeirão Voltaire" e é ainda uma das fundadoras da Oficina do Cego. Trouxe-nos nesta conversa: Sempre en Galiza - Castelao Le Photographe - Emmanuel Guibert, Frédéric Lemercier e Didier Lefèvre Journey to The West - Wu Cheng'En

Zeferino Coelho, um dos decanos da edição de livros em Portugal, co-fundador da Editorial Caminho e editor de grandes nomes da literatura em língua portuguesa, junta-se ao Biblioteca de Bolso com os seguintes títulos: Os Buddenbrook - Thomas Mann Geografia - Sophia de Mello Breyner Andresen Memórias de um caçador - Ivan Turgueniev* *nota: o livro pode ser encontrado à venda em Portugal, com o título "Cadernos de um Caçador", editora Relógio d'Água, por cerca de 14€

A jornalista e crítica literária Catarina Homem Marques traz-nos as suas histórias sobre: Charlie e a Fábrica de Chocolates - Roald Dahl Os Maias - Eça de Queirós A Morte de Ivan Ilitch - Tolstói

Primeiro episódio, com Inês Bernardo e José Mário Silva. Onde nos apresentamos e vos contamos das nossas relações com os seguintes livros: 1984 - George Orwell The Brief Wondrous Life Of Oscar Wao - Junot Díaz O medo - Al Berto Dom Quixote - Miguel de Cervantes Ficções - Jorge Luis Borges Dubliners - James Joyce (mais concretamente o último conto: The Dead)